Após suspensão de linhas da Gardenia, outras empresas seguem operando trechos do Sul de Minas
09/05/2024
(Foto: Reprodução) A informação foi confirmada pela Seinfra, que afirma que não houve alteração na relação de linhas que eram operadas pela viação desde a notificação que trechos seriam suspensos. A Expresso Gardenia permanece com as linhas suspensas em caráter emergencial no Sul de Minas. Segundo a Secretaria de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), desde a notificação da suspensão ainda não houve alteração na relação de linhas operadas pela viação. Enquanto isso, outras empresas cumprem as rotas.
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A companhia atende 107 municípios na região e transporta quase 2 milhões de passageiros por ano. Os problemas apontados nos veículos incluem falta de conforto e segurança, descumprimento de quadros de horários.
Conforme a Seinfra, após a notificação, a concessionária recebeu um prazo regulamentar de 90 a 180 dias para se manifestar, reapresentar os veículos com as irregularidades solucionadas e demonstrar sua capacidade operacional.
No entanto, até a quarta-feira (8) ainda não havia sido formalizada nenhuma manifestação nesse sentido por parte da Gardenia junto à secretaria. De acordo com a Seinfra, sem a regularização da frota, a viação pode chegar a perder a concessão das linhas.
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A defesa da Expresso Gardenia informou à EPTV, afiliada TV Globo, que não houve alteração nas linhas suspensas, porém, a viação ainda opera algumas linhas de distâncias curtas.
Conforme a defesa, a empresa tem seguido as determinações e realizou o levantamento das infrações aplicadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), apresentando defesa administrativa referente a cada caso.
Considerando o prazo estimado, a viação espera apresentar esse plano o quanto antes para que possa voltar a operar todas as linhas. O plano elaborado contempla renovação da frota, adoção de estratégias operacionais, contratações e monitoramento dos ônibus.
A Gardenia orienta aos usuários que, em caso de dúvidas sobre as rotas, busquem informações junto aos guichês das empresas Santa Cruz, Gontijo e Viação Cambuí, que temporariamente assumiram a maioria dos trechos sul-mineiros.
Linhas pausadas
No início de maio, a Gardenia informou que deixou de operar temporariamente todas as linhas intermunicipais que atendem o Sul de Minas.
Alguns trechos já estavam suspensos desde 12 de abril, mas a situação piorou depois de uma nova fiscalização nos veículos ocorrida no dia 30 do mesmo mês, quando mais 37 ônibus foram autuados.
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“São infrações relacionadas ao conforto e higiene. Os veículos tirados de circulação, há questões relacionadas à segurança, que impedem o funcionamento e o prosseguimento da viagem. Todos os veículos foram autuados e todos os laudos serão juntados para esse processo”, explica Eirênio Jaderson de Souza, diretor de regulação.
Conforme a secretaria, se não houver a regularização da frota, a Viação Gardenia pode chegar a perder a concessão das linhas de transporte intermunicipal.
“Ela [a empresa] tem os contratos em vigor e será instaurado um processo administrativo que pode vir ou não a cassação da licitação. [...] Se ela não conseguir recuperar a condição técnica de operação, o contrato dela pode ser cassado. [...] Todo o processo segue a questão da lei federal, que tem a duração entre 90 e 180 dias para essa decisão”, explica.
O que diz a Gardenia
Em nota, a Viação Gardenia afirmou que foi surpreendida com a notificação da Seinfra quanto à suspensão temporária imediata de diversas linhas operadas pela empresa, isso porque vinha mantendo tratativas com o setor de fiscalização do DER-MG para regularizar a situação dos veículos.
A empresa relata não ter recebido notificação prévia que pudesse prevenir aos consumidores que já tinham comprado passagens. E que além de prejudicar os usuários, também não está visando a recuperação da empresa, que não vai receber pelas viagens feitas neste período.
A viação também afirmou que tem um plano de ação emergencial com investimento em veículos e que há linhas deficitárias; que a suspensão é temporária e deve recuperar essas linhas de forma gradativa, algumas em sete, dez e no máximo 20 dias.
Já a Seinfra reforça que as operações são feitas para garantir para assegurar o transporte dos usuários, a segurança e o conforto dos passageiros. Que a operação foi motivada pela quantidade de irregularidades encontradas em ações da mesma empresa e para apurar o grande número de reclamações registradas por passageiros que incluem atrasos e má conservação
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